Quando eu tinha mais ou menos 9 anos, cheguei para o meu pai para pedir dinheiro. Eu estava meio inseguro, pois achava que ele não daria os 5 reais que eu ia pedir. Então decidi chegar pra ele e ao invés de falar "pai, me dá cinco reais", falei "pai, me empresta cinco reais". Achei que isso soaria melhor aos ouvidos do velho. Ele deu a grana e falou "é pra devolver, viu?". Dei uma risada e fui embora.
Com mais ou menos uma semana depois, ele me chamou na sala. Perguntou se eu tinha usado o dinheiro, se tava feliz com o que tinha comprado e se não estava esquecendo de nada 👀. Eu disse que tinha usado e que estava feliz, mas não estava lembrando de nada que pudesse estar esquecendo. Então ele disse que eu tinha pedido o dinheiro EM-PRES-TA-DO. Também disse que emprestado não é dado. Disse também que sabia que eu não teria com o que pagar, mas que mesmo assim me arranjou a grana só para que, num momento futuro como aquele que vivíamos na sala, pudesse me dar essa lição de que emprestado não é dado.
Como num sermão, ele disse que quando eu quisesse pedir dinheiro dado eu pedisse dado e que no dia que eu pedisse algo emprestado a alguém, que devolvesse, pois como já havia falado "emprestado não é dado"
E o tempo passou... Me tornei adolescente/jovem
Quando comecei a dirigir criei um mau hábito de pegar o carro do meu pai e a devolver só na reserva, só no cheirinho. Fiz isso meia dúzia de vezes. Até que um dia ele me chamou e disse que tinha algo a acrescentar àquela lição do dinheiro emprestado. Ele me disse que se precisar pedir emprestada alguma coisa a alguém, que devolva melhor do que recebeu. Para concluir o mini-sermão, disse que quando eu pegasse o carro dele ou de qualquer pessoa, eu o devolvesse com mais gasolina do que tinha quando eu recebi.
E foi mais uma lição que recebi do meu pai. Hoje faço desses conselhos uma realidade na minha vida. Ninguém se queixará por não ter recebido um dinheiro que me emprestou, até porque sequer o peço. Os bancos servem pra isso. Também nunca ninguém se arrependerá de ter me emprestado qualquer objeto, pois se eu puder devolver melhor do que recebi, o farei.
Por hoje é só!
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Fala MDQG. Acabei de conhecer seu blog e achei ótima a lição que seu pai te deu.
ResponderExcluirSão lições tipo estas que vou dar para a minha filha, no momento certo.
Grande abraço.
Stark.
www.acumuladorcompulsivo.com
Que a lição do meu pai inspire os pais de agora. Já tá no meu checklist de como ensinar a ser gente hahahaha
ExcluirVocê, o poupador do interior e outros caras da finansfera vindo comentar no meu blog! Estou feliz demais.
ExcluirJá tenho vocês no meu feed desde que conheci esse mundo paralelo que é a finansfera. Comecei pelos Valores Reais e hoje já tenho no feed quase 30 blogs (uns publicam mais, outro menos).
Obrigado por estarem no meu pedaço!
Rs, parece até que sou famoso.
ExcluirMas fico grato pela mensagem.
Fico feliz de ver a finansfera ganhando novos e bons blogueiros!! Isso nos mantém no foco!!
Grande abraço!
Acabei de conhecer seu blog.
ResponderExcluirSobre a postagem acho que não tenho muito a acrescentar, porém lamento que a lição que seu pai lhe passou seja tão pouco difundida nesse país.
Muito bacana o conteúdo dos seus posts, continue postando. Vou acompanhar sempre!
Abraços,
Pi.
https://poupadordointerior.blogspot.com/
Você acabou de conhecer o meu, mas eu já conhecia o seu hahahaha
ResponderExcluirO meu deve ter um mês e pouco de vida. Como falei no comentário lá em cima, é uma honra ter os caras que eu lia comentando no meu blog. Valeu, PI!
Sobre a lição ser pouco difundida, cada um faz sua parte educando seus filhos e cônjuges assim. O efeito será como o dos juros compostos. Basta plantar a semente.
Olá MdqG,
ResponderExcluirÓtima lição, precisamos de mais pais como o seu que verdadeiramente ensinam. E a sabedoria do seu pai também encontra-se na paciência de ensinar.
Parabéns pelo post,
Abraços,
Ele é menos romântico do que pareceu na postagem hehehehe
ExcluirDe qualquer maneira, foi o meu maior mestre quando o assunto é hombridade.