segunda-feira, 28 de junho de 2021

Por que no Brasil pagamos 3 vezes pela saúde?

O SUS é de graça, ou melhor, já está pago. Mesmo assim, somos obrigados a pagar por um sistema de saúde suplementar o qual chamamos de "plano de saúde". Como se não bastasse, gastamos ainda mais dinheiro para ter acesso a médicos e a outros profissionais de saúde cujas agendas estão cheias demais para nos atender pelo plano de saúde.

Faça um teste: ligue para uma clínica e pergunte se há vaga para uma consulta médica. A(o) atendente vai perguntar se é pelo plano ou se é particular. Se for pelo plano só haverá vaga daqui a 4 meses. Se for particular você consegue uma vaga para a semana seguinte.



Depois disso, experimente tentar agendar um atendimento com um psicólogo ou um fisioterapeuta. É uma burocracia tremenda. Primeiramente, você só pode ser atendido se houver um prévio encaminhamento médico que, pasmem, precisa ser avaliado pela operadora de saúde. 

Pelas regras do plano, cada encaminhamento que um médico fizer só pode autorizar até um número X de sessões. Quando esse número for alcançado, você deverá voltar ao médico para ser reavaliado e eventualmente ser reencaminhado para o psicólogo/fisioterapeuta. Para piorar a situação, há um limite global de sessões que costuma ser insuficiente para tratar doenças crônicas.

É inviável participar de sessões de fisioterapia em um grupo de 5 pessoas. Não dá para o profissional desenvolver um trabalho decente. Da mesma forma, não há condições de um processo terapêutico ser construído em sessões de 15 a 20 minutos com um psicólogo sendo remunerado com R$12,00 por sessão!

Por tudo isso é que digo que o brasileiro médio paga 3x pela saúde: paga o SUS, paga o plano de saúde e paga as consultas particulares. Eu me encaixo nessa situação. Meu gasto extra-SUS e extra-plano é de 940,00 mensais, além de medicamentos que existem no SUS mas que compro por conta própria porque costuma faltar e porque as filas são imensas tamanha a demanda.

Considerando-se a precarização do SUS e o recente fenômeno de precarização dos planos de saúde mais básicos, devemos começar a colocar na conta da IF os gastos futuros com saúde.

Pelo menos o governo ainda deduz do imposto de renda os gastos com saúde, mas isso não deve durar muito tempo.

7 comentários:

  1. Esses dias um conhecido disse que não teve o procedimento autorizado pelo plano, pois de acordo com eles não está sendo permitido procedimentos eletivos para evitar a lotação dos hospitais.

    Eu concordo que os hospitais devem ser mantidos o mais vazio possível com essa pandemia, mas acho curioso que esse "bloqueio" não se reflita na redução das mensalidades. Fico questionando o quão nobre pode ser uma ideia dessas.

    Abraços,
    Pi

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  2. Esse caso foi o fim da picada porque cerceia um direito que adquirimos ao contratar um plano de saúde.

    Por outro lado, sob o ponto de vista da saúde pública, achei prudente.

    Aqui também ocorreu isso. Não sei se foi recomendação da ANS.

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  3. "fisioterapia " - pelo meu plano é ruim (não gostei por n razões). prefiro pagar por fora e deduzir

    "deduz do imposto de renda os gastos com saúde" duvido que acabe, ainda q não faça sentido existir já que existe SUS

    abs!

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  4. Concordo integralmente. Passei por isso algumas vezes nos últimos meses: consulta pelo plano só para 2022; particular tinha pro dia seguinte. Também fui atendido pelo SUS em duas oportunidades, uma obtendo os remédios da consulta.
    O que achei muito curioso (e eu não sabia) é que há hospitais que atendem tanto pelo SUS quanto pelo plano.

    Fui a um hospital em Itajaí/SC e era tudo "farinha do mesmo saco", valendo o plano só para fins de faturamento do hospital (a atendente já tinha até feito o cadastro no SUS sem nem me perguntar).
    Em outro hospital, em Criciúma/SC, havia uma entrada independente para planos/particular e outra para o SUS. A do plano era nitidamente mais "bonitinha" e a fila menor, só que lá dentro era o mesmo médico. A impressão que tive foi a de que atendiam 1 paciente do SUS a cada 2 particulares.

    Não à toa esse tema de saúde é impossível concluir fórmula única, pois depende muito da realidade e cidade que cada um vive. No Rio de Janeiro, onde morei a maior parte da vida, eu jamais ficaria sem um plano de saúde, mas vivenciei cidades em que seria muito mais válido não ter plano, já que internações e urgências só teriam o mesmo hospital pra ir, e usufruir mais de consultas e exames particulares.

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  6. 3X em relação a quem? EUA é que não

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Por que no Brasil pagamos 3 vezes pela saúde?

O SUS é de graça, ou melhor, já está pago. Mesmo assim, somos obrigados a pagar por um sistema de saúde suplementar o qual chamamos de "...